Monte Alegre é a primeira cidade do Estado a receber Projeto de Trilhas Ecológicas em Unidades de Conservação

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Iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) promete impulsionar turismo sustentável e bioeconomia na região

Uma nova era de exploração sustentável da natureza se inicia no município de Monte Alegre, oeste do Pará. No evento “Diálogos Amazônicos” realizado na última sexta-feira (4), o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) revelou o ambicioso projeto do “Sistema de Trilhas nas Unidades de Conservações Estaduais (UCs)”, tendo o Parque Estadual de Monte Alegre como ponto de partida.

O evento, realizado em parceria com a Rede Brasileira de Trilhas, ocorreu no auditório do instituto ambiental do Governo do Pará, na capital Belém. O painel “Rede de Trilhas Ecológicas da Amazônia” foi palco para a apresentação da iniciativa que busca não apenas estimular o turismo sustentável, mas também promover a conexão entre áreas de preservação e a conscientização ambiental.

A Trilha Amazônia Atlântica, concebida pelo Ideflor-Bio, também foi apresentada durante o evento, evidenciando o compromisso do instituto em fomentar a bioeconomia e o turismo consciente. Segundo a instituição, nas próximas semanas será implementado o Sistema de Trilhas nas UCs Estaduais, com foco inicial no Parque Estadual de Monte Alegre, situado na Região de Integração Baixo Amazonas.

O painel contou com a participação de ilustres convidados, incluindo o diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Pedro da Cunha e Menezes, e o assessor técnico do Ideflor-Bio, Júlio Meyer. Pedro da Cunha e Menezes compartilhou dados impressionantes sobre o crescimento das trilhas no Brasil, destacando a abordagem bottom-up do processo de adesão, no qual são as próprias trilhas que buscam ser parte da iniciativa.

“A relevância do Pará nessa política pública é indiscutível, uma vez que ele integra a rota Oiapoque x Barra do Chuí, nossa trilha principal, que percorre do Amapá ao Rio Grande do Sul. Além disso, com a Cúpula da Amazônia ocorrendo em Belém, a implementação de uma trilha bem estruturada partindo da capital paraense e conectando áreas protegidas da Amazônia possui um impacto representativo”, afirmou Pedro da Cunha e Menezes.

Júlio Meyer ressaltou a importância do evento para divulgar os esforços do Governo Federal na promoção da bioeconomia e reconheceu a valiosa contribuição da rede de voluntariado brasileira na construção da Rede Brasileira de Trilhas.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, concluiu: “As trilhas estão intrinsicamente ligadas à ecologia, florestas e à nossa rica biodiversidade. A proposta do Ideflor-Bio é fortalecer essa relação, promovendo as trilhas ecológicas em nossas Unidades de Conservação. Esperamos que esse esforço traga benefícios tanto para a natureza quanto para a saúde dos visitantes.”

O projeto pioneiro de trilhas ecológicas promete abrir caminhos para um turismo responsável e consciente, fortalecendo a proteção ambiental e a economia local na região amazônica.

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