Aline Miranda
A partir desta segunda quinzena de junho, pacientes da Unidade Mista de Saúde (UMS) Wilson Ribeiro, em Prainha, irão receber refeições preparadas com produtos da agricultura familiar, cultivados por famílias que tiveram o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
A 1ª edição do Programa Alimenta Brasil (PAB) do município é coordenada pela Secretaria Municipal de Produção (Semup), com a participação inicial de 21 fornecedores de produtos como banana, farinha de tapioca, macaxeira e melancia. A negociação representou um faturamento de R$ 100 mil para as famílias.
“São produtos naturais, saudáveis, de fazem parte da alimentação da gente. O Governo do Estado acompanha há muito tempo e isso representa a efetividade de políticas públicas. Para os produtores, o contrato é o reconhecimento de um trabalho que move cultura e economia e também agregação de valor, via preços justos”, diz o chefe do escritório local da Emater em Prainha, o engenheiro agrônomo Sérgio Miéle.
A Emater mobiliza as comunidades, prospecta as possibilidades de colheita a partir de valorização das tradições e segurança nutricional e habilita com documentos da ordem de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Nesse evento inaugural da modalidade doação simultânea, o hospital recebeu 160 quilos de alimentos. Outros 740 quilos compuseram cestas-básicas entregues a 300 famílias vulneráveis socioeconomicamente, moradoras da zona urbana.
O objetivo é, ao longo dos próximos meses, negociar compras similares de cerca de oito toneladas por mês, constituindo um total contábil de mais de R$ 1 milhão.
Oportunidade – Para o agricultor Antônio Almeida, de 57 anos, um dos protagonistas do processo, a garantia de comercialização com porcentual de lucro muda o ânimo: “Só de não perder investimento vendendo para atravessadores ou de porta em porta, já é um descanso”, conta o proprietário do Sítio Shalom Adonai, na comunidade Pitanga.
Junto com a esposa Maria Almeida, de 55 anos, ele planta abacaxi, arroz, feijão e mandioca em 76 hectares. Por semana, só de farinha, são 250 quilos da d’água e 150 quilos da de tapioca.
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