Municípios da região Oeste avançam na implementação de Afrotecas nas escolas públicas

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Na última quarta-feira, 11 de setembro, secretários municipais de educação e gestores de escolas públicas de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná se reuniram na Afroteca Willivane Melo, em Santarém, para debater a criação de novas afrotecas nas cidades mencionadas. O encontro foi conduzido pelo Prof. Dr. Luiz Fernando França, coordenador do projeto “Kiriku: educação para relações raciais e literatura infantil antirracista nos CEMEIs do município de Santarém (PA)”.

A reunião contou com a presença de representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). O objetivo principal foi apresentar o conceito das afrotecas e alinhar os procedimentos para sua implementação nas escolas municipais. As cidades contempladas com as novas unidades são Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná.

As escolas selecionadas para sediar as novas afrotecas são:

  • Escola Municipal Nossa Senhora do Livramento (Santarém),
  • Escola Municipal Vitalina Mota (Belterra),
  • Escola Municipal Peafu (Monte Alegre),
  • Escola Municipal Martinho Nunes (Alenquer),
  • Escola Municipal de Educação Infantil Criança Esperança (Oriximiná).

Além disso, uma nova afroteca será implementada na unidade Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém.

Parceria com o Ministério da Igualdade Racial

O projeto de criação das novas afrotecas é financiado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), em parceria com a Ufopa. Segundo o Prof. Dr. Luiz Fernando França, as afrotecas são “compostas por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais, funcionando como uma tecnologia educacional antirracista com o objetivo de acolher, cuidar, educar e promover a leitura em uma perspectiva afrocentrada”.

O projeto “Kiriku”, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq) da Ufopa, iniciou em 2022 e já implantou quatro afrotecas em Santarém: Afroteca Willivane Melo, Amoras (CEMEI Paulo Freire), Sankofa (CEMEI Antônia Correa e Sousa) e Lelê (CEMEI Maria Raimunda Pereira de Sousa).

Com a expansão para mais seis cidades, a iniciativa busca fortalecer a educação antirracista na região, valorizando a cultura afro-brasileira e quilombola desde a infância.

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