Dois dos presos pela morte da sinhazinha do boi-bumbá Garantido são de Monte Alegre

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Cabeleireiro Marlisson Vasconcelos e a maquiadora Claudiele são de Monte Alegre

Três dos cinco suspeitos de integrar uma seita religiosa em Manaus, envolvidos na distribuição da substância ketamina, são naturais da Calha Norte paraense. Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe da vítima), de Oriximiná, e Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos, ambos de Monte Alegre, foram identificados entre os detidos. A ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta em sua residência em Manaus, na terça-feira (28/5), teve seu nome associado ao caso.
Cleusimar, mãe de Djidja, e Ademar Farias Cardoso Neto, irmão dela e natural de Belém, estão entre os presos. De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), há suspeitas de que Djidja possa ter sofrido uma overdose de ketamina durante um ritual da seita, supostamente liderada por sua família.
O cabeleireiro Marlisson Vasconcelos Dantas e a maquiadora Claudiele Santos da Silva, ambos funcionários do salão de beleza Belle Femme, são natural de Monte Alegre, Pará.
Na quinta-feira (30/5), o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) realizou a operação “Mandrágora”, prendendo Ademar, Cleusimar, Claudiele, e Verônica da Costa Seixas. Marlisson se entregou à polícia na sexta-feira (31).
Segundo as autoridades, os suspeitos induziam colaboradores e pessoas próximas a se associarem à seita “Pai, Mãe, Vida”, onde usavam drogas de uso veterinário. Claudiele e Ademar seriam os fundadores do grupo e donos da rede de salões de beleza Belle Femme, onde Verônica era gerente, Claudiele, maquiadora, e Marlisson, cabeleireiro. A polícia cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, confiscando seringas, produtos para acesso venoso, agulhas, ketamina, celulares, documentos e computadores nas residências dos envolvidos, no salão de beleza e em uma clínica veterinária.
O delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, relatou que os suspeitos foram interceptados enquanto tentavam fugir. As investigações, iniciadas há 40 dias, revelaram que o grupo coletava ketamina em clínicas veterinárias e a distribuía entre os funcionários dos salões de beleza da família Cardoso. Ademar também foi acusado de forçar uma ex-companheira a usar a droga e de abusá-la sexualmente quando ela estava sob seu efeito.
A morte de Djidja Cardoso ainda está sendo investigada, com a possibilidade de uso excessivo de ketamina sendo considerada. O delegado Danniel Antony, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que há suspeitas de overdose e abuso de fármacos, mas a autoria da administração da droga ainda não foi esclarecida.
Os suspeitos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, colocação em perigo da saúde, falsificação de produtos terapêuticos, aborto sem consentimento, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal. Eles permanecerão à disposição da Justiça após audiência de custódia.

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