Na última quinta-feira (18), a Polícia Civil do Pará efetuou o cumprimento de um mandado de internação provisória em Oriximiná, região oeste do Pará. A medida foi tomada contra um adolescente de 15 anos, suspeito de participação em um ataque armado contra a Escola Estadual de Sapopemba, em São Paulo, no ano passado, que resultou na morte de uma estudante.
O crime, ocorrido em 13 de dezembro de 2023, chocou o país e mobilizou as autoridades policiais. A investigação, liderada pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV/DECC) em colaboração com o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Santarém e o Núcleo de Inteligência Policial (NIP), identificou o adolescente como um dos participantes do ataque.
As autoridades afirmam que o jovem desempenhou um papel significativo no planejamento remoto do ato violento, utilizando plataformas digitais como Discord e Telegram para trocar mensagens detalhando o plano de ataque. Durante a investigação, realizada em dezembro de 2023, o celular do adolescente foi apreendido por ordem judicial, revelando outras atividades criminosas, incluindo armazenamento de pornografia infantil e disseminação de símbolos de ódio, como referências ao nazismo.
Segundo informações da Polícia Civil, as investigações confirmaram a participação do adolescente no ataque que resultou na morte de uma estudante e no ferimento de outros três alunos. Durante o ataque, uma estudante foi fatalmente baleada na cabeça, enquanto outras duas foram atingidas no tórax e na clavícula. Um quarto aluno ficou ferido ao tentar fugir durante o incidente.
Diante das evidências coletadas e da participação do adolescente no crime, a equipe policial cumpriu o mandado de internação provisória. Agora, serão seguidos os procedimentos legais estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Conforme previsto no ECA, os adolescentes que cometem atos infracionais podem ser submetidos a medidas socioeducativas. A internação, que é a medida máxima, pode durar até três anos, em casos excepcionais e mediante decisão judicial fundamentada. Durante o período de internação, os adolescentes devem receber assistência educacional, profissionalizante e psicológica, visando sua reintegração social.
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