Comunitários de Oriximiná comemoram mais um ciclo do projeto que possibilita soltura de quelônios

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No Lago Sapucuá, localizado no município de Oriximiná, oeste do Pará, os moradores da Comunidade Casinha estão em festa após mais um ciclo bem-sucedido do Projeto Pé-de-Pincha, que possibilitou a soltura de milhares de quelônios nos rios da região. Em 2023, mais de 86 mil filhotes de tartarugas-da-Amazônia, tracajás e pitiús foram devolvidos à natureza, garantindo não apenas a continuidade da espécie, mas também o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos locais.

“O projeto foi pensado para trabalhar justamente a conservação dos quelônios de forma participativa, por meio da capacitação dos comunitários em técnicas de proteção de ninhos e de filhotes e a devolução desses filhotes para a natureza, para que possam ser recuperadas as populações naturais”, explicou Paulo César Andrade, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e coordenador-geral do Projeto Pé-de-Pincha.

A participação da comunidade é fundamental para o sucesso da iniciativa. Lourenço Amaral é um dos voluntários do projeto e integra as atividades desde 2016. “O Pé-de-Pincha ajuda na preservação dos quelônios e dos lagos como um todo. É uma preservação contínua. Já demonstra muita melhoria na conservação da biodiversidade. Espero que nós possamos ter mais pessoas trabalhando no projeto para que a gente cresça cada vez mais com a soltura, com a condução dos ovos para a chocadeira. Nisso tudo a comunidade pode ajudar”, garantiu.

Antônio Joaquim da Costa participa das atividades há 24 anos e, atualmente, ajuda na coordenação do Pé-de-Pincha. Ele compartilha sua gratidão pela oportunidade de contribuir com o projeto. “As ações são muito boas e eu me sinto muito feliz de estar na coordenação desse projeto”, destacou.

Desde 1999, a parceria entre o Programa de Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Mineração Rio do Norte (MRN), tem se destacado como um exemplo de conservação de quelônios em cerca de 31 comunidades dos municípios de Oriximiná e Terra Santa.

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