Acusado de Assassinato de Jovem Grávida em Manaus é capturado na cidade de Curuá

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Gil Romero matou a mulher para não assumir o filho 

Genival Cardoso

Gil Romero Machado, 41 anos, suspeito de assassinar a jovem Débora da Silva Alves, de 18 anos, que estava grávida, foi capturado pelas autoridades policiais na noite de ontem terça-feira (8). A prisão ocorreu por volta das 21h30 na cidade de Curuá, Oeste do Pará. As forças policiais do Amazonas e do Pará uniram esforços para efetuar a prisão.

O crime, que ocorreu em 29 de julho, deixou a população do Amazonas chocada e mobilizou investigadores das Delegacias Especializadas em Homicídios e Sequestros (DEHS) e da Polícia Civil do Pará. Gil Romero estava foragido desde o dia do crime, e a prisão dele se deu após uma intensa operação que envolveu informações obtidas pelo depoimento de José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”, que foi detido no dia 4 de agosto.

“Nego” admitiu em seu depoimento que colaborou com o transporte do corpo da jovem até o local onde ele foi incendiado, alegando ter agido por medo de Gil Romero. As autoridades vinham trabalhando incansavelmente para rastrear o suspeito e, após receberem denúncias sobre sua possível localização, conseguiram efetuar a prisão.

De acordo com a delegada Débora Barreiros, que liderou as investigações, Gil Romero teria tentado abortar a gravidez de Débora no início e teria tido um histórico de violência contra ela. “Ele recusava, veementemente, a paternidade. No início da gravidez, ele ofereceu medicamentos abortivos à Débora e, em junho deste ano, tentou contra a vida dela pela primeira vez”, explicou.

A trágica história ganhou um desfecho com a descoberta do corpo da jovem na zona leste de Manaus, após informações fornecidas por um dos envolvidos na ação criminosa. A polícia acredita que a vítima tenha sido asfixiada, e o corpo foi encontrado queimado.

A dinâmica do crime se desenrolou de maneira macabra, segundo informações da delegada Barreiros. Gil Romero, que era dono de um bar e trabalhava como vigilante em uma usina, tinha ligação com José Nilson, que atuava como gerente no estabelecimento comercial e também estava envolvido em atividades criminosas de furto de fios.

No dia do crime, Gil Romero teria se encontrado com Débora, enquanto José Nilson roubava materiais da usina. Segundo o depoimento de José Nilson, Gil apareceu posteriormente com o corpo da jovem, já sem vida e com sinais de asfixia. O corpo foi colocado em um tonel e queimado, sendo posteriormente desovado.

A prisão de Gil Romero representa um avanço significativo nas investigações do caso, que chocou a comunidade local.

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