O Quilombo Arapucu, localizado no município de Óbidos, no Oeste do Pará, será o cenário do 12º Encontro Raízes Negras deste ano, com o lema “Tenho Raízes e não nego minha Origem”. O evento, agendado para os dias 14 a 16 de julho, promete reunir representantes de povos quilombolas e outras lideranças em uma iniciativa voltada para o fortalecimento do movimento e a discussão sobre direitos territoriais.

Com os preparativos em estágio avançado, a coordenação do encontro tem como objetivo realizar um dos maiores eventos Raízes Negras já vistos. “Já agradecemos nossos amigos da ARQMOB (Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Óbidos-PA) pelo apoio na realização do encontro Raízes Negras e também nossos amigos comunitários do Arapucu, que receberão o evento durante três dias”, ressaltou Douglas Sena, presidente da ARQMOB.

A programação inclui a formação de uma mesa de discussão, com a mediação de um professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), e a presença de convidados da MALUNGU (Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos), Caritas Regional, Pastoral Afro Brasileira-STM e outras representações.

Entre as prioridades do encontro está o fortalecimento do diálogo entre as associações quilombolas, os órgãos governamentais e as instituições relacionadas à causa. O objetivo é consolidar o movimento e garantir a efetivação dos direitos já conquistados pelos quilombolas. Além disso, o empoderamento das crianças, jovens e mulheres no movimento quilombola será enfatizado. A formação de novas lideranças e a continuidade das lutas do povo quilombola são fundamentais para o fortalecimento e a perpetuação dessa causa.

Outro tema central do encontro é a elaboração de propostas para acompanhar os processos de titulação dos territórios quilombolas. Os participantes discutirão estratégias para a implementação de políticas de crédito, incentivo e outros benefícios tanto para os territórios já titulados quanto para aqueles que estão em processo de titulação.

O 12º Encontro Raízes Negras representa uma oportunidade única para promover o intercâmbio de experiências, a articulação de ações conjuntas e a reflexão sobre o protagonismo dos quilombolas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A iniciativa visa também valorizar a rica cultura e história afro-brasileira, resgatando as raízes e a identidade dessas comunidades.

O evento é aberto ao público e espera-se a presença de quilombolas, lideranças comunitárias, acadêmicos, autoridades governamentais, organizações da sociedade civil e todos aqueles que desejam contribuir para a valorização e o fortalececimento do movimento quilombola. A organização do encontro está empenhada em oferecer uma programação diversificada e enriquecedora, com palestras, mesas-redondas, atividades culturais, apresentações artísticas e espaço para debates e trocas de experiências.

“Estamos muito animados com a realização do 12º Encontro Raízes Negras. É uma oportunidade ímpar para fortalecermos nossa luta, ampliarmos os diálogos e buscarmos soluções conjuntas para os desafios que enfrentamos”, destacou Douglas Sena.

O município de Óbidos, conhecida por sua rica diversidade cultural e histórica, abraça mais uma vez o evento e se torna palco das discussões sobre os direitos e a preservação das comunidades quilombolas. O Quilombo Arapucu, com sua importância histórica e sua representatividade no cenário quilombola local, oferece uma atmosfera propícia para a reflexão e a celebração da cultura afro-brasileira.

O 12º Encontro Raízes Negras é uma oportunidade para a sociedade conhecer de perto a realidade dos quilombolas, entender suas demandas e contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e efetivas. A presença de representantes de instituições governamentais, organizações não governamentais e demais entidades engajadas na causa é fundamental para promover um diálogo aberto e construtivo.

A coordenação do evento ressalta que a participação ativa de todos é essencial para o sucesso do encontro. Portanto, convida todos os interessados a comparecerem ao Quilombo Arapucu nos dias 14 a 16 de julho e unirem-se nessa jornada de valorização das raízes negras e no reconhecimento da importância das comunidades quilombolas para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e plural.