Os professores da rede municipal de Almeirim, município localizado no Baixo Amazonas, estão enfrentando uma greve que já dura mais de 40 dias. Eles reivindicam diversas melhorias nas condições de trabalho, incluindo oferta de alimentação escolar de qualidade, transporte adequado para as áreas rurais, realização de concurso público e pagamento do percentual do piso salarial deste ano, que é de 14,95%.
Admilson Caldeira, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) em Almeirim, informou que o sindicato já enviou 10 ofícios à prefeitura local, mas não obteve sucesso até o momento. Ele também afirmou que o Sintepp apresentou uma proposta para tentar chegar a um acordo, porém, novamente, não houve resposta positiva.
Caldeira explicou que o primeiro ofício, contendo 18 pontos para discussão com o governo, foi enviado ao município em 19 de janeiro deste ano, mas não recebeu resposta. Novos ofícios foram enviados nos meses de fevereiro, março e abril, também sem sucesso. Em 16 de abril, a categoria entrou em “estado de greve” e o Sintepp enviou novos ofícios buscando negociação com a prefeitura. No entanto, nenhum dos documentos foi respondido.
A greve foi oficialmente deflagrada em 2 de maio, após uma assembleia realizada em frente ao prédio da prefeitura. Para garantir a legalidade do movimento, o sindicato cumpriu todos os prazos previstos em lei. Durante a greve, alguns serviços continuam funcionando, como as aulas nas escolas da zona rural, as salas de aula que atendem alunos especiais e parte da administração escolar.
O Sintepp apresentou propostas ao governo, incluindo o parcelamento do reajuste salarial de 14,95% em três vezes: 5% em junho, 5% em julho e 4,95% em agosto. No entanto, até o momento, não houve resposta por parte da prefeitura. O sindicato ressaltou sua disposição para o diálogo e a busca por um acordo que encerre a greve.
A Redação Integrada entrou em contato com a prefeitura de Almeirim em busca de posicionamento, mas ainda aguarda retorno. A greve dos professores continua enquanto as negociações não avançam, impactando diretamente a educação municipal e gerando preocupação entre os educadores e a comunidade escolar.
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