Estado anuncia Universalização do Ensino Superior em todo Pará

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Moradora de Piçarra, no sudeste paraense, Djannifer Medeiros de Sousa Araújo, está vivendo algo que até bem pouco tempo atrás parecia absolutamente improvável: cursar uma faculdade sem precisar se mudar para outra cidade. Ela é uma das milhares de alunas do Forma Pará, iniciativa do Governo do Pará criada em 2019, atualmente presente em 80 municípios, e que no ano que vem vai alcançar todos os 144.

“Muito importante para mim, que não tenho condições financeiras de pagar por um curso superior. Me abriu portas, está me permitindo realizar um sonho sem precisar sair de perto da minha família. Estou amando!”, conta a estudante de Medicina Veterinária. Hoje (07), às 17h, o governador Helder Barbalho anuncia oficialmente, em evento no Teatro Maria Sylvia Nunes, a chamada 2023 do programa estadual, que traz como grande novidade a universalização da oferta de cursos.

O “Forma Pará” chega à cobertura completa do Estado com maioria de vagas oferecidas pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), e ainda com o status de maior programa de Ensino Superior do país, além de pioneiro no formato presencial que garante formação baseada em cursos voltados especificamente para a vocação econômica de cada região de integração.

A partir do anúncio, o programa estadual também passa a disponibilizar especializações abrangendo diferentes áreas do conhecimento, para diferentes públicos – quilombolas e indígenas, por exemplo. Os editais para essas modalidades, autorizados a partir da publicação da lei que transformou a iniciativa em programa estadual, serão lançados também nessa ocasião.

“Nós vamos lançar um novo edital que nos enche de orgulho, porque vamos poder dizer que teremos Ensino Superior nos 144 municípios. Nós seremos o primeiro Estado do Brasil que vai ter qualificação desse tipo. Isso é um legado que não tem preço, porque nós vamos garantir mão-de-obra qualificada aos nossos jovens. Esse é um legado para as próximas gerações”, avalia o governador Helder Barbalho.

Gratidão 

Nivaldo dos Prazeres Beckmam está estudando Direito em Mocajuba, no Baixo Tocantins, há quatro semestres, e descreve a experiência proporcionada pelo Forma Pará como acima das expectativas.

“O programa é de suma importância para mim, que não tenho condições financeiras de arcar com as custas de um curso desse nível e valor. Meu pai é pedreiro e minha mãe é dona de casa, por isso também não podem me ajudar neste sentido. Mocajuba não possui nenhuma turma de Direito além da nossa. Não fosse isso, eu precisaria me mudar para Belém, tendo que pagar as mensalidades e mais todas as minhas despesas mensais, o que seria inviável. Logo, o Forma Pará representa, para mim, a realização de um sonho”, admite o futuro advogado.

Por todo o Pará

A execução do programa, que conta com a parceria de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, e prefeituras, fica a cargo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet). Recentemente, com o lançamento do edital de credenciamento de IES particulares, o Forma deu mais um passo para aumentar a oferta de vagas e cursos.

“O foco é a redução do déficit do Ensino Superior em todo o Pará, principalmente nos municípios onde não há a oferta de cursos, onde não há polos universitários. O Governo do Estado garante o financiamento, principalmente de bacharelados, para possibilitar que jovens e adultos tenham acesso à faculdade rumo a uma ascensão profissional e pessoal. São três anos de programa, mais de 80 municípios alcançados, e mais de cem turmas formadas em todas as áreas do conhecimento”, explica o titular da pasta, Carlos Maneschy.

O gestor confirma que foi uma determinação do próprio governador Helder Barbalho a expansão da cobertura do programa rumo aos 144 municípios. “Abriremos processo seletivo para pelo menos um curso de graduação nos mais de 60 municípios que ainda não tinham sido alcançados pelo Forma Pará. Estamos falando de um processo de inclusão social, de dar possibilidade a quem não tem como sair da sua cidade para estudar, isso é a universalização do programa”, detalha Maneschy.

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