Em Juruti, centro de reabilitação atende mais de 400 animais silvestres

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Projeto integra ações de proteção à fauna, desenvolvidas no entorno da operação da Alcoa, com o apoio de campanhas de educação ambiental.

Samuel Alvarenga

Keila Silva, trabalha há 12 anos em Juruti. Belenense, a secretária executiva mora na cidade desde que iniciou suas atividades na Alcoa, por isso, sempre ouviu orientações da empresa sobre os cuidados e proteção aos animais silvestres. Quando em uma tarde, percebeu que havia uma cobra na área externa de sua casa, Keila não teve dúvidas de que não poderia atacar o animal, e sim entrar em contato com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS, para a captura e destinação adequada.

Desde 2020, a Alcoa mantém em Juruti, uma unidade especializada para recuperação de espécies de pequeno, médio e grande porte. O Centro de Reabilitação Animal – CRAS, integra um sistema de gestão e conservação da fauna, que conta com apoio permanente das campanhas de educação ambiental, realizadas entre seus colaboradores e a comunidade local.

“Atendemos animais oriundos da área de lavra, do beneficiamento e animais que são vítimas de atropelamento tanto na rodovia, quanto na ferrovia. Os répteis sempre estão à frente devido ao hábito em se aquecer em locais onde há grande movimentação de veículos”, explica a médica veterinária Rafaelle Santos.

A estrutura do CRAS está localizada dentro da área da mina da Alcoa, e conta com uma equipe que atua 24h para garantir a maior taxa possível de sobrevivência dos animais atendidos. Através da aquisição de um aparelho de ultrassonografia veterinário e um aparelho de radiografia digital portáteis, houve aumento no percentual de sobrevivência de 63% para 68%.

A unidade mantém parceria com as universidades, com o aproveitamento científico de animais que vem a óbito. “Alguns, infelizmente, são recebidos sem vida, porém, quando apresentam boas condições de conservação, eles são triados para o envio às universidades, dentre elas a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Belém e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém. As universidades recebem esse material para incorporá-los aos acervos dos seus museus de zoologia para estudos científicos desenvolvidos, tais como estudos anatômicos, necroscópicos, taxidermias e descrição de espécies”, informa Rafaelle.

Em 2021, 482 animais foram atendidos, sendo oito anfíbios, sendo 160 aves, 108 mamíferos e 206 répteis.

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